Os convites oficiais

Foi uma novela executar minha idéia.

O problema é que desde de 2004, quando recebi o convite de casamento da primeira amiga a casar (Denise, isso é com você!), eu tinha certeza que queria meu convite de forma semelhante.

Eu me antecipei bastante com o contrato dos convites, mas não adiantou muita coisa e explico o porquê.

O convite tem foto. Primeiro tive que esperar a data do ensaio fotográfico que vocês viram aqui, que só aconteceu dia 19/12/10. Depois tive que esperar as fotos serem entregues, que só o foi na segunda quinzena de janeiro/11. Depois tive que esperar a foto ser trabalhada (de quadrada teve que ser transformada para o formato retangular, já que meu convite é carteira, e teve que ser colocada em preto e branco porque não queria foto colorida de jeito nenhum) e essa foi a pior parte. Ela demorou a chegar e quando veio não chegou na tonalidade preto e branco que eu esperava. Só que até descobrir tinha que enviar pra designer, que enviava pra gráfica, que imprimia e que eu tinha que ir lá olhar a impressão para aprovar ou não. Finalmente, um amigo colocou a foto no tamanho e tonalidade de cor desejados.

Só que nesse meio tempo quase desisti do convite com foto. Primeiro pelo trabalho, segundo porque comecei a achar que poderia não dar certo e terceiro porque a regra de etiqueta diz que um convite para um evento formal não deve conter imagens, que imagens quebra a formalidade do evento. Vocês lembram desse post daqui?

Depois de muito estresse na minha cabecinha, resolvi chutar o pau da barraca e fazer do jeito que eu sempre quis fazer e assumir os riscos.

Aí veio o problema da impressão do texto. Antes tínhamos acertado que seria em relevo americano na cor grafite/chumbo, no papel vegetal. Depois descobrimos que o papel vegetal não suporta o calor que a máquina impõe para a impressão em relevo americano. E a cor prata, sem relevo americano, ficava ilegível. Com uma pontadinha de frustração, aprovei a impressão normal na tonalidade preta, que no final das contas ficou lindo!

E depois veio o problema da colagem do papel cujo texto estaria impresso , que seria em papel vegetal, na foto, que é em papel liso específico para fotos. A gráfica não fazia com a cola lá de bloquinho e a designer teve que fazer manualmente, e a dúvida foi entre o acabamento perfeito da cola bastão x seu resultado ineficiente e o acabamento que deixava a desejar da cola branca x seu resultado eficiente.

Optei pela cola branca porque o convite tinha ficado tão lindo que esse acabamento só seria percebido por que fosse extremamente crítico e procuradores de defeitos, e pelo menos ele ficaria lá, coladinho.

É bem verdade que Rafaela colou uma quantidade boa de convites com a cola bastão porque muitos convidados que abriram na minha frente eu vi que o convite já estava descolando. Mas definitivamente eu não estressei com isso porque ela foi uma profissional que nitidamente se esforçou demais para me satisfazer e essa qualidade abafou os convites com a cola “não acordada entre as partes”. E porque ela também fez muito mais coisas do que as acordadas entre as partes.

O envelope que reveste o texto foi uma escolha minha completamente influenciada pela minha mãe. Fomos lá olhar o mostruário de Rafaela Mayer e mainha achou um convite que se apaixonou pelo revestimento externo. E eu também. Eu resisti um pouco porque não queria convite carteira, sempre quis quadrado, mas definitivamente ele me venceu. E Rafaela Mayer completou dizendo que achava aquele modelo o mais bonito do seu mostruário inteiro. Pronto, fechamos ele. Alguns meses depois fui lá com o noivo e ele também aprovou de cara!

E lá vem eu com essa mania de escrever horrores. Será que vocês leram tudo isso?

Bem, vamos a melhor parte: as fotos dos meus convites lindos!

Detalhe da barrinha de papel aspen: um charme!

O envelope foi feito com papel microcotelê e forrado com papel aspen.

Detalhe da aplicação do nosso monograma em relevo seco 

Verso: Detalhe da caligrafia

A tão sonhada parte interna do convite. Texto impresso no papel vegetal e fotografia embaixo, impressa em um papel lisinho. A colagem entre um papel e outro ficou apenas na parte superior do convite, com as demais margens soltas.

PS.: Desculpem-me o mau jeito, mas postar endereços residenciais na net nem sempre é uma boa idéia e a gente nunca sabe onde a foto vai parar, não é?

Eles vieram todos caligrafados e plastificados no tamanho 14,5cm altura x 28,4cm de largura

O melhor de tudo foi ver a cara de encantamento dos convidados. Ou, quando ñ presenciava o convidado abrir o convite, recebi emails, mensagens no orkut, no celular, meus sogros receberam ligações  de outros estados só falando o quão lindo acharam o nosso convite.

Também escutei de três mães que iriam guardar o convite com muito carinho, porque quando suas filhas casarem querem iguaizinhos.

=)

Um parágrafo especial para a designer que executou minha idéia: Rafaela Mayer
Acho que bom atendimento deve ser uma caracterísica inerente a um profissional. Trabalha atendendo pessoas? Então as trate muito bem, com educação e respeito mesmo que pressinta que aquele suposto cliente não vai fechar com vocês.


Rafaela foi muito mais que uma profissional. Ela foi uma pessoa que não apenas correu atrás do que pedi ou me atendeu maravilhosamente bem. Ela se preocupava comigo e com o meu sentimento de acordo com a execução de cada passo do convite. Ela me mandava emails dizendo coisas do tipo: “Poly, ñ tirei da cabeça que você disse que amava a tonalidade dourada. Quer fazer um teste?” Ou me ligou algumas vezes para falar coisas do tipo: “Não sei se você vai gostar. Vem aqui dá uma olhada e ver como está ficando...”

Eu fiz questão de escrever um bilhetinho pra ela elogiando o resultado final de tudo. Eu a indico demais.

Quem se interessar, o contato dela é: (81) 94097979 / rafaela.mayer@terra.com.br

Beijos